Na reunião desta segunda (05), o governo adiantou que nenhum dos inscritos escolheu trabalhar nos municípios mais carentes.
O governo promete conversar mais com os aliados e está preocupado as votações no Congresso. A partir desta terça-feira (06), começa a discussão de projetos polêmicos. Entre eles está o programa “Mais Médicos”. O primeiro balanço do programa já saiu, e o governo agora vai convocar médicos estrangeiros.
Segundo o governo, não apareceram médicos brasileiros dispostos a trabalhar em 700 municípios onde a falta desses profissionais é mais grave. O programa “Mais Médicos” foi destaque nesta segunda (05) na reunião que a presidente Dilma Roussef teve com líderes de partidos aliados para tentar melhorar o diálogo com o Congresso.
Minutos antes da reunião, a presidente foi perguntada se iria "acalmar" a base aliada. Ela desconversou: “Eu tenho a impressão de que a base so é brava com você. Comigo ela não é brava. A diferença de opiniões é possível e eu acredito que vamos construir um caminho muito seguro para o Brasil”, disse Dilma.
Caminho que vai ser construído com mais diálogo. As reuniões com a presidente serão mais frequentes e projetos mais importantes, discutidos previamente com os líderes.
“Foi uma reunião muito positiva que abre um semestre, do meu ponto de vista, em um clima de busca deste diálogo e em um clima que não alimente o ambiente de guerra entre legislativo e executivo”. Deputado HNa reunião desta segunda-feira (05), de três horas, a portas fechadas, o assunto mais discutido foi o programa “Mais Médicos”, criado por medida provisória, que ainda precisa ser votada. O governo adiantou que nenhum dos inscritos escolheu trabalhar nos municípios mais carentes.
“Dos locais escolhidos pelos médicos brasileiros, não houve nenhuma escolha nos 700 municípios aonde não temos nenhum médico. Agora, nós vamos ter a abertura, né, da inscrição para os médicos estrangeiros”, diz Ideli Savatti, ministra da Secretaria de Relações Institucionais.
Essa nova relação entre governo e base será testada a partir desta terça-feira (06). O Planalto quer adiar a votação do chamado orçamento impositivo, que, se aprovado, vai obrigar o executivo a liberar dinheiro para as emendas dos parlamentares ao orçamento. Hoje, essas emendas, que destinam verba para obras nos estados e municípios de deputados e senadores, podem ser bloqueadas pelo governo federal.
“Esse toma lá dá cá de muitos anos, de muitos governos em relação às emendas, tem dia e hora pra acabar. Quarta-feira à noite eu espero que a Câmara dos Deputados aprove o orçamento impositivo e acabe com essa história que constrange um governo democrático e humilha, o parlamento tem que ter altivez e dignidade”, diz o senador Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara.
“O momento é de paciência, calma. Todo mundo que tiver nervoso toma um caldinho de galinha que não faz mal a ninguém, e aí para a gente poder construir um entendimento com a base”, diz o deputado José Guimarães, líder do PT na Câmara.enrique Fontana (PT/RS).
Uma correção: segundo o governo, apareceram médicos brasileiros para o programa “Mais Médicos” nos municípios onde há mais carência desses profissionais.
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