Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), que não era usado para diplomação no ensino médio desde 2009, abre inscrições gratuitas em 7 de agosto
O instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciou nesta
segunda-feira (26) as novas regras do Exame Nacional para Certificação de
Competências de Jovens e Adultos (Encceja), prova que vai substituir o Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem) como diploma do ensino médio.
A prova, que não era
aplicada desde 2014, também valerá para a certificação do ensino fundamental. A
estimativa é de 222.180 participantes no ensino fundamental e de 815.731
candidatos de nível médio. Serão 564 municípios participantes, em contraste com
as 1,7 mil cidades onde o Enem aconteceu em 2016.
REGRAS E DATAS DO
ENCCEJA
Data da prova: O exame
será aplicado em 8 de outubro, nos períodos da manhã e da tarde.
Inscrições: As
inscrições gratuitas acontecerão entre 7 e 18 de agosto.
Quem pode fazer: para
participar do Encceja de nível fundamental, o aluno deve ter no mínimo 15 anos.
Os participantes do nível médio precisam ter pelo menos 18 anos.
Como será a prova: cada
prova será composta por 30 itens de múltipla escolha, sendo que para obter o
certificado, o estudante deve pontuar pelo menos 50% em cada área, inclusive na
redação. Ao todo, serão 120 questões, além da redação. No Enem, o candidato
deve responder a 180 itens.
O que vai cair na
prova: O Inep diz que a prova terá as mesmas referências do Enem. O edital com
detalhes será publicado em 24 de julho.
Custo do exame
O governo diz que as
inscrições serão gratuitas e não divulgou uma estimativa de gastos, apesar de
indicar que, em média, deve gastar R$ 40 por estudante. No Enem 2016, o custo
por aluno foi de R$ 92. Apesar da economia, o governo aponta que a prinicpal
motivo da mudança é pedagógico.
"O principal
motivo de mudança é que o Enem, na sua estrutura original, não é um exame para
certificação de ensino médio. O Encceja é muito mais preparado para essa
certificação. Outro fator para mudança são as taxas de aprovação: menos de 10%
dos alunos conseguiam a certificação, o que nos obrigou a retomar o
Encceja", afirmou a presidente do Inep, Maria Inês Fini.
O Inep vai aplicar e
corrigir as provas do Encceja. Os diplomas serão distribuídos pelas secretarias
estaduais de educação ou pela instituição aplicadora da prova.
Provas no exterior
O Inep também prevê
aplicação de provas para pessoas privadas de liberdade, em 564 municípios
brasileiros. Além disso, candidatos que moram no exterior também terão a
oportunidade de fazer a prova, que será aplicada em 10 de setembro em 10 países
diferentes.
"O Encceja tem a
oportunidade de ser retomado para que possa cumprir sua função original, que é
fazer a avaliação e a certificação do nível de ensino", afirmou a
secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão
(Secadi/MEC), Ivana de Siqueira.
"Ao abrir novos
pólos de aplicação, temos a segurança de que há demanda e há professores
disponíveis. É o embrião de nossa política de educação continuada no
exterior", afirmou a diretora do Departamento Consular e das Comunidades
Brasileiras no Exterior (DCB) e ministra, Maria Luiza Lopes.
Fonte,G1
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