Ela afirmou também que receberá, possivelmente nos dias 7 ou 8, a seleção brasileira no Palácio do Planalto.
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Perguntada sobre sua ausência no Maracanã, quando já deixava a sala onde deu a entrevista coletiva, a presidente deu respostas evasivas.
"Eu não fui ao Maracanã porque eu não fui ao Maracanã", disse, num primeiro momento. Depois, afirmou que não estava prevista sua participação. A Fifa, no entanto, esperava a presença da presidente. O ministro Aldo Rebelo (Esporte) a substituiu de última hora na cerimônia de entrega da taça de campeão à seleção brasileira.
"Eu não fui ao Maracanã porque não estava prevista a minha ida", afirmou. Depois, disse ser uma presidente "pé quente" e respondeu que iria, sim, à abertura da Copa do Mundo, no ano que vem.
REUNIÃO
Nas declarações, feitas na pausa de uma reunião que Dilma realiza com sua equipe ministerial depois da onda de protestos que sacudiu o país nas últimas semanas, Dilma anunciou que irá mandar amanhã minuta com as "balizas" que nortearão a convocação de um plebiscito para a reforma política pelo Congresso Nacional.
Segundo ela, não serão enviadas sugestões de perguntas, mas "linhas gerais" para a elaboração da consulta popular.
"Uma consulta sobre reforma política ela não pode ser exaustiva no sentido de que tenha muitas questões", disse. "Nós não vamos dar sugestão de pergunta porque não somos nós que vamos fazer as perguntas", completou.
"Está claro na constituição: quem convoca, quem tem poder convocatório é o Congresso Nacional, Câmara e Senado, por isso eu insisti na palavra: é uma sugestão."
A presidente ainda negou ainda que irá realizar de imediato reforma ministerial --sobretudo fazer mudanças na equipe econômica-- ou que cortará cargos.
As despesas com a máquina têm sido apontadas, inclusive, como um dos alvos dos protestos. Na semana passada, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou uma série de medidas de redução da administração pública.
"Eu não farei demagogia de cortar cargos que eu não ocupo. Se eu não ocupo, eu não gasto. Eu tentarei olhar de onde e de que setor é possível fazer ajustes. Mas eu não faço demagogia", disse, ao reforçar que não faria cortes nas áreas sociais. "Cortar Bolsa Família, jamais. Jamais!"
DATAFOLHA
Questionada como recebeu a pesquisa Datafolha que, no último sábado, apontou queda recorde de popularidade, Dilma limitou-se a dizer que "nunca comentou pesquisa".
"Eu quero dizer para você o seguinte: eu nunca comentei pesquisa, nem em cima nem embaixo. Eu recebo pesquisa pelo valor de face. Ela é um retrato do momento e a gente tem que respeitar", disse.
ECONOMIA
Dilma fez uma defesa de sua política econômica. Disse que o governo está reagindo de "forma extremamente prudente". "Porque nós temos uma situação que permite isso, com a quantidade de reserva que nós temos, com a posição firme do Banco Central no sentido de que não é ser contra o que o mercado quer, reduzindo a volatilidade apenas", disse.
"Nós não queremos impedir tal tendência ou qual tendência. Porque isso é uma flutuação de forças internacionais. O que nós queremos é reduzir no Brasil a volatilidade e, portanto, os efeitos sobre a economia", completou.
MUNDO
Dilma fez um diagnóstico sobre as manifestações no país e um contraponto com movimentos semelhantes que acontecem em outros lugares do mundo --à exemplo da Turquia e da primavera árabe.
Segundo ela, "é importante que a gente frise a diferença dessas manifestações em relação ao que ocorre no resto do mundo. Se a gente olhar tantos indignados como o movimento de ocupação de Wall Street, nós temos em comum entre eles uma questão relativa à perda de direitos, a um processo de desemprego, a um processo de recessão, a um processo de perda de direitos previdenciários, no caso da Europa, há grande desemprego entre os jovens".
"Não é o caso do Brasil, que tem uma das menores taxas de desemprego da história e do mundo", completou.
Saiba mais
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Folha de São Paulo
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