Uma repórter do jornal Folha de S. Paulo foi baleada no olho com uma bala de borracha na noite desta quinta-feira durante protesto contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo. Segundo Giuliana Vallone, da TV Folha, ela estava em um estacionamento na Rua Augusta quando uma viatura da Rota se aproximou em baixa velocidade e um PM que estava no banco de trás atirou contra ela.
Repórteres do Estado de S. Paulo também presenciaram ações questionáveis da Rota. Dois deles foram alvos de uma ação semelhante, na qual uma viatura se aproximou e disparou bombas de gás lacrimogêneo tentando acertá-los. Não havia conflito e nenhuma concentração de manifestantes na ocasião.
Protestos. A Avenida Paulista chegou a ser interditada nos dois sentidos. Confrontos se repetiram a todo momento no cruzamento com a Rua Augusta, onde a PM tentava dispersar os manifestantes com balas de borracha e bombas de gás. Por volta das 22h, os manifestantes começaram a se dissipar.
O Secretário de Segurança Pública de SP, Fernando Grella, afirmou em nota que determinou que a Corregedoria da Polícia Militar apure episódios envolvendo fotógrafos e cinegrafistas durante a manifestação.
Entre 10 mil e 12 mil pessoas participaram da manifestação, segundo a Polícia Militar (PM) - a estimativa da Guarda Civil Metropolitana foi de 2,5 mil.
A tensão aumentou quando manifestantes ameaçaram invadir o Terminal Parque Dom Pedro. Ônibus foram depredados e integrantes tentaram queimar um trólebus e uma caçamba de lixo. Foi quando a Tropa de Choque começou a atirar balas de borracha e bombas. Milhares de manifestantes que desciam a Avenida Rangel Pestana voltaram para a Sé quando o cheiro de gás lacrimogêneo ficou insuportável. Parte do grupo seguiu para a Paulista e parte para a Rua Conde de Sarzedas, em direção ao Glicério.
A marcha, engrossada por representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e alas jovens do PT e do PSOL, além de estudantes de outros Estados, foi marcada por bloqueios da PM em pontos-chave. Manifestantes começaram a se concentrar às 15h na Praça dos Ciclistas, na Paulista. Às 16h30, o volume de pessoas era tão grande que a via foi bloqueada no sentido Consolação. A intenção inicial - de tomar a avenida, seguir para a Câmara Municipal e terminar no Parque Dom Pedro - foi frustrada pelo cordão de isolamento da PM. A massa seguiu para a Consolação, seguida por Tropa de Choque e bombeiros.
A chuva que caiu por volta das 18h chegou a dispersar alguns manifestantes, mas outros gritavam "vem para chuva, vem, contra o aumento". A marcha virou na Ligação Leste-Oeste, mas na Avenida 23 de Maio a PM novamente impediu que eles continuassem. O grupo seguiu para a Sé e para o Parque Dom Pedro, onde a Tropa de Choque os esperava.
Líderes do movimento incentivaram manifestantes a realizar novos protestos . A campanha começou na quinta-feira passada, 6, com um protesto que fechou a 23 de Maio, a Paulista e a 9 de Julho. Na sexta-feira, 7, a Marginal do Pinheiros foi bloqueada. Nos dois dias, também houve confronto.
A marcha não foi o único protesto do dia. Às 14h40, no vão do Masp, policiais civis pediam aumento, com apoio de docentes, sem-teto e servidores da saúde. (Colaboraram Felipe Tau e Clarice Cudischevitch). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A Avenida Paulista chegou a ser fechada durante a manifestação contra o aumento da tarifa do transporte público em SP, na noite desta quinta-feira, 13.
MSN Estadão.
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