Quero desentulhar a UTI', disse médica.
Virgínia Soares Sousa foi denunciada por colegas por desligar aparelhos de pacientes internados na UTI, em Curitiba. Testemunhas dizem que ela privilegiava pacientes particulares e conveniados.
Está presa desde a última terça-feira a médica Virgínia Soares Sousa,
 acusada de homicídio qualificado contra pacientes internados na UTI do 
Hospital Evangélico de Curitiba.
As denúncias de que estaria cometendo crime partiram de funcionários 
da unidade, e as investigações duraram um ano. Virgínia dirigia o setor 
da UTI do hospítal, onde trabalhava desde 1988.
Em trechos do depoimento prestado pela médica à polícia nesta 
quarta-feira, obtidos pela "RPC TV", Virgínia disse ter sido mal 
interpretada por falas como "Quero desentulhar a UTI que está me dando 
coceira", relatadas por companheiros de trabalho.
A médica foi denunciada por um ex-colega de trabalho acusada de matar
 pessoas internadas para abrir novas vagas de UTI para pacientes 
conveniados ou particulares, em detrimento de usuários do Sistema Único 
de Saúde (SUS).
Outra frase presente no inquérito e que teria sido dita pala médica 
sobre os pacientes internados em UTI é "Infelizmente é nossa missão 
intermediá-los do trampolim do além".
O técnico em enfermagem Silvio de Almeida, que já trabalhou junto com
 Virgínia no mesmo hospital, afirma que a médica abreviava a vida dos 
pacientes com o respirador:
"A mínima quantidade de oxigênio que o respirador podia mandar, ela 
deixava [o mínimo é 21%]. Eu já vi ela várias vezes desligando o 
respirador", contou o ex-funcionário.
Outro ex-funcionário conta que Virgínia ligava para outros médicos, que também costumavam desligar os aparelhos de pacientes:
"São dois médicos e uma médica, só que esses eu não vou citar o nome,
 que fazem a mesma coisa, que têm a mesma conduta que ela", disse.
Uma nota divulgada pelo Hospital Evangélico de Curitiba diz que o 
caso foi pontual, e que a postura de Virgínia não reflete o 
comportamento da equipe da unidade, composta por mais de 300 médicos.
A médica Virginia Helena Soares Souza Marcelino é acusada de matar vários pacientes de UTI. Ex-empregados começaram a dar depoimentos sobre como ela chefiava a UTI e sobre como ela matava os pacientes. Ex-pacientes começaram a dizer que tentaram matá-los desligando aparelhos. O negócio tá tão feio lá que já afastaram 47 funcionários!
Aparentemente a investigação começou em 
2011 quando ela foi afastada temporariamente por desentendimentos com a 
equipe médica. Houve também um caso em que o hospital levou fumo da 
vigilância sanitária por acharem cinzas de cigarro na UTI. Alguns 
funcionários reclamaram de… tamancadas?
E um dos depoimentos diz que ela aparentemente matou o próprio marido, o Doutor Nelson Mozachi pra pegar o lugar dele como chefe da UTI.
De acordo com investigações, ela não matara pacientes do SUS para 
liberar espaço para pacientes particulares, mas sim por convicção. Quem 
ela achara que ia morrer, ela matara usando de artifícios para parecer 
que morreram por meios naturais.
O Hospital Evangélico de Curitiba tá ferrado agora. Com dívida de 260 milhões de reais, recursos públicos atrasados e funcionários entrando em greve por falta de pagamento,
 agora ninguém mais é doido de querer ir pra lá. Eu já não ia querer por
 não confiar muito em religiosos, com esse papinho de vida após a morte 
ser melhor do que a que eu tenho e coisa e tal… Agora com esse negócio 
de matar pacientes é que eu não vô mesmo!
 Só lembrando, o que ela tá sendo acusada de fazer não é eutanásia. 
Eutanásia é quando um paciente em estado terminal pede pra morrer, pra 
não ficar sofrendo à toa. É possível que ela tenha feito isso até. Mas o
 ela tá sendo acusada mesmo é de olhar pro paciente, achar que ele vai 
morrer e terminar o serviço.
 Médica matava pacientes dos SUS para sobrar vagas em UTI, para pacientes credenciados
  A delegada do Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa) de Curitiba,
  Paula Brisola, indiciou a médica Virgínia Soares de Souza pelas mortes
  ocorridas na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital  
Evangélico de Curitiba. Para a polícia, se trata de homicídio  
qualificado, porque as pessoas não tinham chance de se defender.
A médica Virgínia Soares de Souza, que dirigia o setor de UTI do hospital, foi presa na manhã de terça-feira (19)
 em uma operação que investiga uma série de mortes na UTI do segundo  
maior hospital da cidade. A médica prestou depoimento na tarde de  
terça-feira, mas o conteúdo não foi divulgado em virtude do sigilo.
  “Se havia consentimento das vítimas ou dos parentes faz parte da  
investigação. Ainda não está descartado”, explicou a delegada. Ela disse
  que todas as denúncias serão investigadas, e caso seja constatada a  
indução à morte com o consentimento dos pacientes ficará configurada a  
prática de eutanásia. De acordo com o Código Penal Brasileiro, eutanásia
  se enquadra no artigo 121, homicídio, com pena entre 6 e 20 anos de  
prisão.

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