Mocidade Alegre vence o carnaval 2013 em São Paulo e é bicampeã.
Disputa foi apertada até o último quesito, enredo.
Desfile teve como tema a tentação e a subversão de valores.
VIDEOS DO DESFILE  
 A disputa pelo título foi apertada até o último quesito, Enredo. A 
Mocidade estava apenas um décimo de ponto atrás da Rosas de Ouro, que 
até então liderava nas notas dos juízes. Mas no critério final, a 
agremiação sediada no Bairro do Limão levou a melhor e alcançou o 
bicampeonato, mesmo ficando empatada em 268,9 com a Rosas. A Mocidade 
ficou com a nota máxima em enredo, e a Rosas perdeu um décimo de ponto. 
Por um sorteio realizado no sábado, esse era o critério de desempate 
mais importante.
 A Mocidade já havia ficado em primeiro lugar no ano passado, foi a 
terceira a passar pelo Sambódromo do Anhembi na segunda noite de 
desfiles, na madrugada de sábado (9) para domingo (10). Seu desfile 
contou com 3.200 componentes, cinco alegorias e 25 alas.
 Neste ano, por causa da confusão na apuração dos desfiles de 2012, as 
torcidas não acompanharam a leitura das notas no sambódromo. No ano 
passado, um tumulto interrompeu a apuração.
 Um representante da Império de Casa Verde invadiu o local onde eram 
lidas as notas e rasgou os envelopes durante a divulgação dos pontos do 
último quesito. Devido à invasão, a apuração teve de ser interrompida. 
Torcedores na arquibancada começaram a jogar objetos na área dos 
organizadores até que conseguiram derrubar as grades e entrar no espaço 
restrito. Houve quebra-quebra e parte da torcida chegou a atear fogo em 
carros alegóricos que estavam na área da dispersão do sambódromo.
 Em 2013, apenas dez representantes de cada escola, previamente 
cadastrados, tiveram acesso, e cada um deles recebeu uma pulseira com o 
emblema da escola.
 Nesta sexta-feira (14), Mocidade Alegre, Rosas de Ouro, Águia de Ouro, 
Dragões da Real e Império de Casa Verde voltam à passarela para o 
Desfile das Campeãs. Para a Águia de Ouro o participar desse desfile tem
 sabor especial, já que foi a única escola a ser penalizada
 Em seu desfile campeão, a escola de samba Mocidade Alegre quis chamar a 
atenção do público e dos jurados com um convite à tentação e à subversão
 de valores.
 A escola, que ficou em primeiro lugar no carnaval do ano passado com um
 enredo sobre o centenário do escritor Jorge Amado, foi a terceira a 
passar pelo Sambódromo do Anhembi na segunda noite de desfiles, na 
madrugada de sábado (9) para domingo (10). O desfile contou com 3.200 
componentes, cinco alegorias e 25 alas.
 Para encenar o enredo “A sedução me fez provar, me entregar à 
tentação... da versão original, qual será o final?”, a escola usou o bom
 humor. A ideia era recriar dogmas da humanidade, em uma tentativa de 
questionar verdades e conceitos que são transmitidos de geração para 
geração. 
 O final de lendas e contos de fadas foi transformado ao longo do 
desfile: Branca de Neve virou uma moça malvada que come criancinhas, a 
rainha era a mocinha da história, Pinóquio quis continuar boneco de 
madeira e as madrastas viraram "boadrastas" -- foram representadas pelas
 baianas.
 De tudo aquilo que nos foi contado ao longo dos tempos, até que ponto
 podemos ser donos dos nossos caminhos e das verdades que nos são 
apresentadas? Assim, a nossa proposta é nos tornarmos donos dessas 
histórias e mudarmos esses finais”, disse o carnavalesco Sidnei França.
Pecado original
Batizada de "O poder da sedução", a comissão de frente convidava o público a morder a "maçã da tentação". Fantasiados de serpentes, os destaques eram Nani Moreira, que já foi rainha de bateria da Mocidade Alegre e voltou à escola após dois anos afastada, e Robério, que foi o primeiro Rei Momo magro do carnaval de São Paulo.
Batizada de "O poder da sedução", a comissão de frente convidava o público a morder a "maçã da tentação". Fantasiados de serpentes, os destaques eram Nani Moreira, que já foi rainha de bateria da Mocidade Alegre e voltou à escola após dois anos afastada, e Robério, que foi o primeiro Rei Momo magro do carnaval de São Paulo.
 O carro abre-alas também representava a história do pecado original de 
Adão e Eva e tinha uma serpetente gigante segurando uma maçã. O rosto da
 serpente foi inspirado nas feições de Robério.
 As alas que vieram depois representavam os pecados capitais. Integrantes
 vestidos com roupas cheias de doces mostravam a gula. Fantasias com 
"olhos gregos" (amuletos contra "mau olhado") encenavam a inveja, plumas
 de pavão, a vaidade e casais seduzindo-se, a luxúria. Cada um dos 240 
ritmistas da bateria usava uma fantasia pontiaguda inspirada em um 
soco-inglês, mostrando o pecado da ira.
 Depois de tantos pecados, veio a ala da redenção. Um carro alegórico 
subvertia a ideia clássica de céu, mostrando-o como uma grande festa de 
música eletrônica na qual São Pedro é o recepcionista, que permite ou 
não a entrada das pessoas. No universo da Mocidade, é para lá que vão os
 pecadores.
 Em alguns momentos, a bateria de Mestre Sombra (que é casado com a 
presidente da escola, Solange Bichara) fez "paradonas", deixando o 
público e os componentes da escola cantarem o samba-enredo. A rainha da 
bateria era Aline Oliveira
                                                                           G1 











 
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