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sábado, 16 de março de 2013

Vice é preso pela morte de Emídio

Vice é preso pela morte de Emídio; Veja imagens da ação da polícia


EMIDIO REIS: Em coletiva de imprensa a polícia dá detalhes das causas da morte e sobre os acusados presos.

O delegado geral James Guerra, durante coletiva nesta sexta-feira(15), confirmou que existe uma organização criminosa que pratica divisão de mandatos na região de São Julião e que seria a responsável pela morte do ex-vereador Emídio Reis da Rocha (PMDB), 51 anos. Foram expedidos seis mandados de prisão e cinco foram cumpridos, um ainda está foragido.
Segundo o delegado, uma das provas do inquérito é o depoimento de testemunhas que ouviram uma conversa, em uma reunião política realizada em novembro, onde foi acertada a morte do ex-vereador Emídio Reis. Ele disse que é um crime político, que um dos líderes é José Francimar Pereira.
“Foi negociado para o prefeito eleito ficar no cargo por dois anos e após renúncia assumir o vice. O vereador Emídio entrou com um processo pleiteando a cassação da chapa e havia a ameaça do vice não assumir a vaga de prefeito”, explicou James Guerra.

Entre os presos está um armeiro que negociava armas, o motorista que abordou Emídio no dia do crime e dois executores de cidades próximas, que não teve os nomes revelados porque as investigações ainda estão em curso.

"Isca"

James Guerra informou que um motorista conhecido do ex-vereador Emídio Reis serviu de "isca" para que ele fosse rendido pela organização criminosa que atua na região de Picos. A declaração foi dada durante entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (15), na Delegacia Geral.

"Um motorista que ele conhecia o abordou e fez com que ele parasse o carro para uma conversa. Foi nesse momento que ele foi rendido pelos autores do crime", explicou James. O delegado acrescentou que a morte de Emídio foi acordada em uma reunião que aconteceu em novembro de 2012, logo após o último pleito eleitoral.

Durante as investigações, a polícia descobriu que o grupo tinha apoio político e financeiro. "Eles tinham o braço armado, o braço político, o autor intelectual e o braço financeiro. Não há dúvida com relação as pessoas que foram presas. Agora vamos continuar as investigações para confirmar se há mais envolvidos", destacou James.

Divisão de mandatos

O delegado disse que é uma prática comum de divisão de mandatos e o Emídio Reis era contrário a isso e essa ação que já tramita na Justiça e era um risco para o vice-prefeito não assumir.

O delegado informou que ele foi morto com dois tiros e a polícia ainda aguarda perícia que vai dizer se ele foi enterrado vivo.

James Guerra revelou que possivelmente o prefeito de São Julião, José Neci (PT), será ouvido no inquérito, mas não pode dar detalhes sobre isso já que o presidente do inquérito, delegado Lucci Keiko, ainda não chegou com os presos em Teresina.

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