Brasil e Cuba deram outro passo de aproximação com a assinatura do 
memorando de entendimento em que o Brasil concede um crédito de 176 
milhões de dólares para modernizar cinco aeroportos cubanos, durante a 
visita de um ministro brasileiro à ilha, fontes de ambos os países 
informaram nesta terça-feira.
O ministro brasileiro do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, assinou na 
segunda-feira em Havana um "memorando de entendimento que estabelece os 
critérios para a concessão de um crédito de 176 milhões de dólares para a
 modernização de cinco aeroportos cubanos", disseram fontes brasileiras.
"Esses
 recursos vão financiar a exportação de bens e serviços brasileiros para
 a ampliação e modernização dos aeroportos de Havana, Santa Clara 
(centro), Holguín (oriente), Cayo Coco (na costa norte) e Cayo Largo 
(costa sul)", acrescentaram as fontes.
Pimentel, que também se 
reuniu na segunda-feira com o presidente cubano Raúl Castro, assinou o 
memorando com o ministro cubano de Comércio Exterior e Investimento 
Externo, Rodrigo Malmierca, segundo as fontes.
Raúl Castro e 
Pimentel conversaram "sobre o excelente estado das relações bilaterais e
 ratificaram a vontade de continuar fortalecendo-as", disse o jornal 
oficial Granma, que não informou nada sobre o crédito.
Os cinco 
aeroportos estão relacionados com o turismo, segunda fonte de receitas 
da economia cubana, que aporta cerca de 2,5 bilhões de dólares anuais.
A
 visita de Pimentel a Cuba coincide com a visita ao Brasil do chanceler 
cubano Bruno Rodríguez, que na segunda-feira se encontrou com a 
presidente Dilma Rousseff e seu homólogo Antonio Patriota, segundo a 
imprensa.
Rodríguez e Patriota analisaram a possível contratação 
de cerca de 6.000 médicos cubanos para trabalhar em áreas que carecem de
 profissionais de saúde no Brasil, em um acordo que envolve a 
Organização Panamericana da Saúde.
 A exportação de serviços médicos é a primeira fonte de renda da economia
 cubana. Cerca de 40.000 médicos trabalham na Venezuela e outros países,
 e seus serviços rendem 6 bilhões de dólares anuais à ilha.
Brasil
 é o sexto sócio comercial de Cuba, seu principal fornecedor de 
alimentos e um importante comprador de medicamentos e vacinas cubanas. O
 comércio bilateral alcançou um recorde de 662 milhões de dólares em 
2012.
O investimento brasileiro está em ascensão em Cuba. O 
gigante da infraestrutura Odebrecht amplia e moderniza o porto de 
Mariel, 50 km a oeste de Havana, um projeto de cerca de 1 bilhão de 
dólares, dos quais 600 milhões vêm de um crédito de Brasília.
UAI/EM.COM 
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