As pesquisas feitas pela ANP (Agência Nacional de Petróleo) apontam a
existência de petróleo, com óleo leve semelhante ao encontrado nas nos
países árabes do Oriente Médio, no trecho do litoral entre o Piauí e o
Maranhão.
Vinte e seis blocos para exploração de petróleo no mar em águas
rasas, de até 400 metros de profundidade (equivalente a um edifício de
120 andares), e em águas profundas, de mais de 400 metros de
profundidade, na região de Barreirinhas, que fica no Delta do Parnaíba,
entre o Piauí e o Maranhão, serão licitados nesta terça-feira, no Rio de
Janeiro, pela ANP, na 11ª-Rodada de Licitações, que atingiu o recorde
histórico da participação recorde de 64 empresas de 21 países, sendo 17
brasileiras e 47 estrangeiras.
Na Bacia de Barreirinhas foram notificadas duas descobertas e as
empresas que estão disputando os blocos terão de oferecer bônus mínimo
de R$ 587,978 mil a R$ 7,941 milhões.
A diretora-geral da ANP, Magda Maria de Regina Chambriard,
informou que há um grande interesse das empresas de 21 países, incluindo
o Brasil, pelos 289 blocos em 23 setores localizados nas região
Nordeste e Norte.
“Até hoje as licitações eram para áreas de exploração de petróleo na
região Sudeste, principalmente Rio de Janeiro. Com essa rodada, nós
estamos descentralizando os investimentos. As áreas que nós estamos
licitando estão em 11 Estados brasileiros e nove deles são dos do
Nordeste”, falou Magda Chambriard.”
“A sociedade do Norte e Nordeste tem que saber que chegou a vez
dela. As oportunidades exploratórias são boas, de porte internacional,
sendo ofertadas”, acrescentou.
O litoral que vai do Rio Grande do Norte até o Amapá é onde a ANP está procurando óleo leve, informou Magda Chambriard.
Chambriard falou que sendo descoberto, esse óleo leve pode um
petróleo da qualidade do petróleo leve encontrado nos países árabes, que
petróleo mais caro.
Nas Guianas, as companhias de petróleo já estão fazendo essas descobertas perto da fronteira com o Brasil.
No ano passado foi feita uma descoberta de petróleo de grandes
proporções no campo chamado Jubilee, no mar de Gana, na costa da África,
com capacidade de 120 mil barris de petróleo por dia.
“Com rodada, nós estamos querendo encontrar vários Jubilees na
área do Norte e Nordeste. Eu estou falando do litoral do Rio Grande do
Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará e Amapá”, declarou Magda Chambriard.
A exploração do petróleo no mar na Bacia de Barreirinhas deverá
ocorrer a 50 quilômetros distantes da costa, informou a superintendente
de Promoção de Licitação da ANP, Cláudia Rebello.
Magda Chambriard diz que quanto mais pesado é o óleo menos valor ele tem e mais complicado de produzir.
Ela dá um exemplo: você pega uma colher de sopa de água e joga em
um prato já com água. A água cai imediatamente. A água é parecida com o
óleo leve, enquanto o óleo pesado é como o mel porque se você colocar
uma colher de mel em uma prato com água, ele vai demorar para cair.
O óleo da Bahia Terrestre Potiguar, na região do Rio Grande do
Norte, é pesado, esse óleo de 30 a 40 api é o que pode ser encontrado na
Bacia de Barreirinhas, que é muito mais caro e parece ao petróleo do
Oriente Médio.
cidadeverde/ANP
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