Quando fornecemos nosso dados a qualquer empresa que seja, exigimos dela - ou pelo menos deveríamos - que mantenha em sigilo aquelas informações pessoais, principalmente os cadastros feito em bancos, empresas de telefonia, redes sociais entre outros.
No entanto, 
descobriu-se, recentemente, que orgãos estatais têm acesso a todas essas
 informações que fornecemos às empresas, comprometendo muito a nossa 
privacidade. E pior: orgãos públicos diferentes, com finalidades 
diferentes, podem usar e ver informações um do outro, "e sabe-se se lá 
quais outras instituições".
Essas 
conclusões foram feitas pelo professor Bruno Magrani, da Fundação 
Getúlio Vargas do Rio de Janeiro. Magrani participa de um estudo, 
coordenado pelo Center for Democracy and Technology - em Washington -, 
que mapeia os modos como os governo de diversos países do mundo - 
Alemanha, Canadá, China, Estados Unidos, Israel, Brasil, etc - obtêm 
acesso a dados particulares nas mãos de empresas privadas. 
Essa análise foi transcrita para um livro, lançado este mês. A Folha de S. Paulo teve acesso à parte do livro que expõe os fatos no Brasil, identificado dois casos: 
 
 
 
 
 
- Por meio de acordos entre instituições governamentais, como o Ministério Público e a Receita Federal, e empresas de capital privado, como a Microsoft e o Facebook, podendo ocorrer casos como quebra de sigilo de e-mails, de contas e de diversas informações pessoais.
 - E mediante a Anatel, que pode ter acesso às empresas de telefonia em tempo real e, portanto, saber o tempo de qualquer ligação, quem ligou para quem e outros dados.
 
O professor declarou à Folha que não
 há uma legislação exclusiva a respeito do tema no Brasil, o que 
prejudica bastante, fomentando, quase sempre, em confusão. "É o Código 
Civil que disciplina, mas de forma muito genérica", afirmou. 
Até onde é 
correto a possibilidade de invasão de privacidade pelo Governo? Até que 
ponto somos realmente livres? Todo cidadão não deveria ter o seu direito
 de sigilo garantido, ou pelo menos ser avisado do ato por parte do 
Estado.?
Lígia Ferreira é jornalista e analista de mecanismos sociais.
Lígia Ferreira é jornalista e analista de mecanismos sociais.
folha Política.org 

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